Eu sou suspeito para falar. Karate Kid e a disputa Miyagi-do/Cobra Kai foi um dos grandes motivadores para eu migrar do judo para o Caminho das Mãos Vazias.
Quando a primeira temporada estreiou no Youtube, onde devíamos pagar para assistir os episódios, eu obviamente comprei todos e logo maratonamos. Com a segunda temporada, idem.
Daí veio a grande notícia: Cobra Kai estava trocando de casa, indo para o Netflix!
Até aquele momento, tudo que eu lia ou ouvia sobre a série partia do meio karateka. O pessoal do dojo, de sites e podcasts como o PKD falavam sobre o #teammiyagido ou #teamcobrakai e as discussões sobre as lutas – que de verdade, são sofríveis.
Gente de fora falando.
De repente, comecei a ver e ler gente que não é do meio falando sobre “bata primeiro, bata forte, sem piedade”. Discussões sobre as filosofias e dicotomias entre os conceitos de Budo do mestre de Okinawa e o americano clássico porradeiro, além do que aconteceu com o Daniel e com o Johnny depois de tantos anos.
Sites de cinema, cultura pop e qualquer outro assunto, discutindo e falando sobre Karate Kid! Nem as Olimpíadas, se tivessem acontecido, teriam conseguido trazer nossa querida arte marcial de volta às mídias desta maneira.
Ok, sei que quase não tem karate-do na série, que precisam melhorar as coreografias e tal, mas não importa. Cobrai Kai está de volta, para a nostalgia de pessoas como eu e para apresentar ao novo público que o karate nunca morreu, esteve sempre aí. Agora no streaming…